Luciano Callegari, ex-diretor da rede paulista desde sua fundação em 1981 até o início dos anos 2000, detonou a atual administração do SBT. A emissora ocupa a terceira posição no ranking de audiência nacional há 49 meses consecutivos. Entretanto, os dados de agosto ainda não estavam concluídos até domingo, 1º de setembro. Em vista disso, ele concluiu: “O falecimento de Silvio não foi necessário para entendermos o rumo que o SBT seguirá.”
Duas semanas após o falecimento de Silvio Santos, sua filha Patrícia Abravanel retornou emocionada às gravações do programa dominical. Enquanto isso, Silvia e Rebeca seguem com seus próprios programas no SBT. Além disso, Íris, a viúva do apresentador, dedica-se à escrita de novelas. Por outro lado, Daniela Beyruti lidera a emissora e, neste ano, investiu na contratação de personalidades populares da internet,como a influenciadora Virginia Fonseca.
O rumo do SBT
Luciano observou que, desde o afastamento de Silvio e a assunção das filhas e de Íris à liderança dos negócios, a falta de experiência se tornou evidente. Além disso, os egos começaram a direcionar o SBT. Ele lamenta que a emissora tenha perdido a vice-liderança de maneira alarmante e destaca que recuperar essa posição representará um desafio ainda maior.
Até sua última internação, Silvio Santos teve pouca influência na grade de programação e evitou fazer alterações ou cancelar atrações. A única exceção ocorreu durante o carnaval, quando ele insistiu que o SBT exibisse o desfile da Tradição de 2001, no qual foi homenageado, utilizando imagens e narração da Globo. Aos 86 anos, Callegari expressou sua tristeza com a situação atual da emissora, que desde 2004 disputa a liderança com a Record.
“É crucial equilibrar o legado deixado por Silvio com a modernização. Modernizar não deve implicar em destruir a essência da empresa. É lamentável observar o rumo que o SBT está tomando”, criticou, também desaprovando a decisão de colocar influencers à frente dos programas do canal.
Os problemas de Daniela Beyruti?
O ex-diretor do SBT apoiou a gestão de Daniela Beyruti, que recentemente enviou uma carta aos funcionários do grupo. Contudo, ele fez uma ressalva: “Ela precisa encontrar uma maneira de melhorar o SBT. Espero que tenha sucesso. No entanto, até agora, suas ações não foram satisfatórias. Além disso, a ideia de transformar o SBT em uma ‘Disney brasileira’ é absurda e não deve ser levada a sério. Portanto, Daniela enfrentará muitos desafios”, concluiu.
Além das críticas, especialistas do mercado televisivo destacam que Daniela Beyruti precisará equilibrar a tradição do SBT com as demandas de um público cada vez mais conectado e exigente. A pressão por resultados rápidos, em um cenário competitivo com outras emissoras e plataformas digitais, coloca Daniela em uma posição delicada. Sua capacidade de inovação e liderança será constantemente testada. Adaptar-se às novas realidades sem comprometer a essência do SBT será crucial para o sucesso de sua gestão.
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