Crítica | Karatê Kid: Lendas aposta na nostalgia

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Por Jonas H. | 08 de maio de 2025

Karatê Kid: Lendas chegou às telonas prometendo resgatar o espírito clássico da franquia que marcou gerações — e até consegue arrancar sorrisos nostálgicos ao trazer de volta Jackie Chan. Mas, apesar do apelo emocional e da tentativa de dialogar com um novo público, o longa tropeça em pontos importantes como construção de personagens, coerência de roteiro e força dramática.

A história gira em torno de um adolescente asiático que se muda para os EUA com a mãe, que é enfermeira e tem um trauma pesado: o outro filho morreu esfaqueado depois de ganhar um torneio. Por isso, ela reluta em deixar o protagonista lutar. Só que, mesmo com esse pano de fundo carregado, o roteiro corre tanto que mal dá tempo de sentir o peso emocional dessa perda.

Do nada, o garoto — que começa apanhando de um valentão (que por sinal é ex da menina por quem ele se interessa) — vira treinador do próprio sogro. Isso mesmo: o pai da menina começa a treinar com ele como se ele fosse um mestre das artes marciais, mesmo tendo apanhado dias atrás. A relação entre os dois também se desenvolve rápido demais, o que acaba enfraquecendo o impacto das cenas mais “emocionantes”.

Tem também um núcleo que mistura vestibular, professor de matemática e crises de ansiedade, além de um diálogo meio forçado entre a garota e o “vilão” da história. Muita coisa jogada ao mesmo tempo, o que faz o filme parecer mais um episódio estendido de série teen do que uma obra com peso dramático real.

As lutas, que deveriam ser o grande atrativo, são mornas. As fases do torneio até a final são esquecíveis, com pouca construção dos rivais. A grande luta final deixa a desejar — principalmente se comparada ao Karatê Kid original, que fez história com cenas marcantes e tensão genuína.

Ainda assim, o filme tem lá seus pontos positivos: é divertido, tem energia, acena pros fãs da franquia e pode agradar a criançada. Mas pra quem esperava algo no nível de Extraordinário ou do próprio clássico de 1984, a sensação é de que Karatê Kid: Lendas não conseguiu encontrar o equilíbrio entre o novo e o legado.

Nota: 6,5/10

1 COMENTÁRIO

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