THUNDERBOLTS É UM DOS MELHORES FILMES DO NOVO MCU?

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Depois de tantos altos e baixos recentes, a Marvel volta com uma proposta ousada e bastante emocional em Thunderbolts. O filme entrega cenas de ação impactantes, personagens carismáticos e um roteiro que mescla momentos de humor, dor, memória e caos absoluto — e tudo isso com uma nova equipe que, surpreendentemente, funciona muito bem.

Yelena é a alma do filme — e brilha intensamente

Foto: Reprodução

Desde sua primeira aparição, Yelena Belova (Florence Pugh) já demonstrava ter potencial para liderar um projeto próprio. Aqui, esse potencial se realiza de forma grandiosa. A personagem guia o grupo dos Thunderbolts enquanto tenta se livrar de tudo que a prende ao passado — e essa jornada pessoal é tão cativante quanto as explosões em tela. Há um equilíbrio muito bem trabalhado entre a assassina fria e a mulher humana, que vacila, pede socorro e carrega o peso de ser uma “verdadeira Viúva Negra”. Pugh entrega carisma, intensidade e vulnerabilidade em igual medida.

A relação entre Yelena e o Sentinela (Bob Reynolds) é outro ponto alto. O vínculo entre os dois lembra a relação entre Natasha Romanoff e o Hulk: uma conexão afetiva entre a fragilidade emocional e o poder descomunal. Só que aqui, o desequilíbrio é ainda mais perigoso.

O Sentinela: o ser mais poderoso (e instável) da Marvel

Foto: Reprodução

Bob Reynolds (Lewis Pullman), o Sentinela, é possivelmente o personagem mais poderoso já apresentado no MCU — mas também é o mais trágico. Seu poder é surreal, quase divino, mas sua mente está em colapso. É como se o “homem mais forte do mundo” estivesse à beira de um colapso nervoso o tempo inteiro. Ele engole a narrativa, domina os momentos de tensão, e a simples presença dele torna o grupo inteiro irrelevante quando a instabilidade se impõe.

O “momento de glória” da equipe — aquela clássica formação de heróis prontos para salvar o dia — é completamente abafado pela presença do Sentinela. E isso é genial. Ao invés de apostar em clichês heroicos, o filme mostra que nem sempre o trabalho em equipe vence o caos. Às vezes, só resta tentar sobreviver a ele.

Soldado Invernal: um retorno digno de destaque

Foto: Disney

Sebastian Stan entrega um Bucky mais silencioso, mas mais maduro. Ele está cansado, mas não derrotado. É um personagem que, mesmo sem grandes falas, transmite peso e importância. Ver o Soldado Invernal em ação novamente é um prazer para os fãs, e o filme valoriza suas habilidades em ótimas sequências de combate. É o retorno que muitos esperavam — e que abre espaço para um futuro ainda mais interessante.

Humor pontual, ação bem executada e passado sombrio

Mesmo com tanta intensidade, Thunderbolts também é engraçado. O humor é bem construído, nunca forçado, com piadas que vêm principalmente do Guardião Vermelho (David Harbour) e da própria Yelena. A interação entre os membros da equipe traz leveza, sem cair no pastelão. O pai da Yelena, aliás, rouba várias cenas com seu carisma atrapalhado.

Mas não se engane: o filme tem um lado sombrio bem marcado. Cada personagem carrega cicatrizes do passado, e a primeira metade do filme foca bastante nesse elemento emocional. É um diferencial bem-vindo, que torna tudo mais humano. Para um filme de anti-heróis, isso é essencial.

Referências aos Vingadores e um futuro promissor

O longa está cheio de referências aos Vingadores, e isso cria uma sensação de continuidade no universo Marvel. Ao mesmo tempo, deixa claro: os Thunderbolts não são os Vingadores. Eles não têm um Capitão América para inspirar, nem um Tony Stark para liderar com tecnologia. Eles são o que sobrou. E isso é o mais interessante.

As cenas pós-créditos também entregam o que os fãs esperam: a primeira é cômica e cheia de referências internas, enquanto a segunda planta sementes para o que pode vir a seguir. Nada revolucionário, mas eficiente.

Conclusão

Thunderbolts é um filme que surpreende por não tentar repetir fórmulas. Ele aposta no desequilíbrio emocional dos personagens, nas relações frágeis e em um vilão trágico, mas absurdamente poderoso. A ação é boa, o humor é certeiro, e os personagens têm alma — mesmo quando tentam esconder isso.

Com destaque para Yelena e o Sentinela, o longa mostra que talvez estejamos presenciando um novo acerto da Marvel, nos moldes de Guardiões da Galáxia: uma equipe improvável que funciona justamente porque é imperfeita.

No fim, dei risadas, me emocionei e fiquei ansioso para ver o que virá a seguir.

Nota: 9,0/10. Super recomendo!

Obrigado Espaço Z, pela oportunidade de ver esse filme com antecedência, é sensacional.

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